quarta-feira, 27 de junho de 2007

Arte e Reciclagem no Aeroporto

Quem ainda não visitou a loja Arte e Reciclagem, localizada no Aeroporto Internacional Recife/Guararapes, tem até o dia 09 de julho para conhecer. Lá, os visitantes terão a oportunidade de comprar produtos de qualidade e ecologicamente corretos. A iniciativa é uma parceria entre a Infraero, Centro de Estudos e Apoio a Comunidades (Cedecom) e Associação Umburamas do Vale do Moxotó (Assuvam). O espaço está aberto de domingo a domingo, das 08 às 22h.

A variedade está tanto nos produtos quanto no preço. São bolsas, sandálias, camisas, assessórios, luminárias, móveis, entre outros. E o custo de R$ 2,0 a R$ 1.000. Aqueles que entram na loja percebem todo o requinte e sofisticação. Materiais recicláveis foram utilizados para decorar o ambiente. Para o revestimento do teto foram usadas 7.600 garrafas PET. Para o piso, 11.400 tampinhas de refrigerantes, além de 80 páletes.

Segundo a coordenadora de projetos do Cedecom, Carmem Lúcia Gama, o mais importante não está sendo o retorno financeiro, mas a divulgação dos trabalhos. “Muitos turistas do exterior, que conheceram a arte dos artesãos ecólogos, se interessaram, pegaram nossos contatos e prometeram buscar apoio em seus países”, ressaltou.

De acordo com a assistente social da Infraero, Sabrina Vasconcelos, o espaço cedido faz parte do projeto Loja Social, que tem como objetivo apoiar as instituições sem fins lucrativos. “De fato, o mais importante não é o retorno financeiro, até porque o prazo máximo de permanência é de dois meses. Contudo, a divulgação dos trabalhos no Aeroporto faz muita diferença diante do público que passa por lá”, destacou.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

FLIC LIGADO NA NET

A partir de agora, o FLIC LIGADO estará disponível na internet através do nosso BLOG. As matérias que, por motivo de espaço não foram publicadas na edição impressa, aqui poderão ser lidas na íntegra.

O BLOG disponibilizará publicações do FLIC de outros Estados do Brasil, além de crônicas, denúncias, fotografias, vídeos, entre outros recursos, tornando o espaço atrativo para quem o acessar.

O leitor ainda terá a oportunidade de deixar o seu comentário, contribuindo com o aprimoramento desse novo espaço de comunicação. Manter a interatividade para fortalecer as ações do Fórum Estadual Lixo e Cidadania de Pernambuco.

As postagens serão realizadas semanalmente para otimizar a qualidade da informação .

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Catadores de materiais recicláveis realizam CARROCEATA



Mobilização pretende conscientizar governo e população da importância da profissão


O Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) realizou, no último dia 12 de junho, uma CARROCEATA para reivindicar do poder público maior apoio aos profissionais catadores que tanto contribuem com o meio ambiente na cadeia da reciclagem. O ato marcou o Dia Nacional de Luta dos Catadores (7 de junho).

Mesmo debaixo da chuva forte, os militantes não desanimaram e saíram pelas ruas do centro do Recife. Cerca de 80 catadores participaram da mobilização. Estiveram presentes representantes dos municípios de Igarassu, Camaragibe, São Lourenço, Belo Jardim, Santa Cruz do Capibaribe, entre outros. A manifestação foi pacífica e serviu para mostrar à população como a categoria dos profissionais catadores está cada vez mais organizada


Na programação, estava marcada uma audiência com o governador do Estado, Eduardo Campos, no entanto, não foi possível por mudanças em sua agenda. A CARROCETA, que tinha como roteiro o Palácio do Campo das Princesas, precisou mudar de percurso, seguindo para a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectma). Lá, foram recebidos pelo secretário executivo de tecnologia e ensino superior, Arnóbio Andrade.

Na ocasião, foi discutido o cumprimento da lei estadual nº 13.047/06 que disciplina a coleta seletiva em Pernambuco. A lei ainda incentiva órgãos públicos e privados, grandes geradores de materiais recicláveis, a repassar os resíduos para as cooperativas. Contudo, os catadores reclamam que pouco se faz e que a legislação não é clara, precisando, assim, de modificações. O secretário ouviu as reivindicações e propôs que o MNCR preparasse um texto destacando os pontos negativos da lei e da sua execução.

A gerente do programa de política e gestão ambiental, Ana Gama, também esteve presente e convidou o MNCR para participar das reuniões da formulação do Plano Plurianual (planejamento do governo para o gasto dos seus recursos). O Movimento vai lutar por uma fatia desse dinheiro, buscando maior infra-estrutura para as associações e cooperativas de catadores.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Aspan Realiza Seminário sobre "Organização Social e Perspectivas"


Dia 05 de Junho de 2007 das 09:00 às 21:30

Local: Auditório da Pró-Reitoria de Atividades de Extensão- PRAE/UFRPE

Contato: 3222-2038

Realização: ASPAN - Associação Pernambucana de Defesa da Natureza

A GENTE QUER VALER NOSSO SUOR




Severina Rosa da Silva, 50 anos, trabalhou no lixão durante 14 anos e há seis meses foi convidada para trabalhar na Associação Coletiva, no município de Santa Cruz do Capibaribe. Mãe de nove filhos, o mais velho com 25 e o mais novo com oito anos, sempre batalhou muito para garantir o sustento de todos eles.

Como era a vida no lixão?

Trabalhava de qualquer jeito. Sem os cuidados com a higiene e a segurança. Não tinha noção dos riscos que corria. Não tinha dinheiro para sustentar minha família, por isso, cheguei até mesmo levar meus filhos para trabalhar comigo no lixão.

E agora na cooperativa?
Ah, não tenho palavras que explique o quanto estou satisfeita. Antes as pessoas criticavam meu trabalho, Eu era vista como uma mulher suja, que vivia catando lixo. Hoje, sou respeitada. Muita gente começou a entender a importância do meu trabalho.


E os seus filhos?
Todos estão na escola. Os mais velhos trabalham como costureiros nas fábricas de roupas aqui em Santa Cruz e estudam à noite.Os mais novos só estudam.

Como conheceu a cooperativa Coletiva?
Fui convidada por Ana Isabel para sair do lixão. Ela me explicou que minha vida ia melhorar. Agora entendo a importância do trabalho em equipe. Além disso, aprendi muito nas aulas de cidadania. Também estou aprendendo a ler e escrever.

Além de catadora, você já teve outra profissão?

Já trabalhei como lavadeira, mas ganhava pouco. Lixo dava mais dinheiro do que lavar roupa. Na cooperativa já tirei 750 reias de salário.

Catadores de Belo Jardim recebem materiais e são capacitados para trabalhar


Onze carroças para a coleta seletiva, uma balança mecânica de 300 quilos, fardamento completo (calça, camisa, sapato e boné) e Equipamentos de Proteção Individual (luva, colete reflexivo, capa de chuva, protetor auricular e máscara nasal) foram os materiais que os 22 integrantes da Associação dos Trabalh

adores em Materiais Recicláveis de Belo Jardim (ATMR-BJ) receberam, no dia 11 de maio, durante um ato solene nas dependências da prefeitura do município. Os catadores ainda estão sendo capacitados para melhor desempenhar suas atividades. O curso começou no dia 09 de maio e vai até 20 de junho, sempre nas quartas feiras.

A iniciativa faz parte de uma articulação entre o Fórum Estadual Lixo e Cidadania de Pernambuco (FLIC-PE), Sindicato Nacional das Empresas de Engenharia e Arquitetura Consultiva (Sinaenco), Instituto de Qualificação (IQ) e o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Pernambuco (CREA-PE). As instituições firmaram uma parceria com a entidade alemã Berufliche Fortbildungszentren der Bayerischen Wirtschaft gGmbH (Associação dos Centros de Formação Profissional dos Sindicatos Empresariais da Baviera – BFZ) que doou R$ 15 mil para profissionalizar catadores. Parte da verba foi destinada para a compra dos materiais e realização do curso de capacitação. Uma outra parte do dinheiro foi empregada no curso de inclusão digital para integrantes do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), que aconteceu nos meses de novembro e dezembro de 2006.

A ATMR-BJ ainda está em processo de formação. O grupo começou suas atividades no mês de setembro. Em 2003, o lixão do município foi fechado e a Prefeitura de Belo Jardim inaugurou o aterro sanitário da cidade. A obra está dentro do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos que compreende a varrição, coleta, transporte, destino final e monitoramento. A Coleta Seletiva também compõe o plano de gerenciamento, sendo assim, os catadores são alvo das ações das prefeituras, colaborando com a criação das associações de catadores.

Trabalho e cidadania


O trabalho em equipe contribuiu para mudar o comportamento tanto dos associados da COLETIVA quanto da sociedade daquele município. Com o lema: NÓS SÓ QUEREMOS O SEU LIXO, a associação, aos poucos, foi ganhando o respeito da comunidade.


Segundo o presidente da associação, Pedro dos Santos, os catadores não eram respeitados pela comunidade. “Enfrentamos dificuldades, mas estamos na luta. A união ajudou muito. Depois da Coletiva, ganhamos respeito. Quem antes não dava atenção, hoje convida a gente para entrar na casa”, comentou.



No galpão onde trabalham, os profissionais têm aula de Alfabetização, Cidadania, Organização social do trabalho. De acordo com a assistente social, Ana Isabel, o estudo ajudou para que os moradores de santa Cruz passassem a respeitar o trabalho dos catadores. “Além disso, a mudança de comportamento também aconteceu graças aos trabalhos de conscientização”, frisou.

ASSOCIAÇÃO COLETIVA: “Só queremos o seu lixo”


Um ano de muito trabalho. No dia 04 de maio de 2006, catadores que viviam no lixão do município de Santa Cruz se mobilizaram e formaram a Associação Coletiva. Nesta segunda reportagem da série Cooperativa: mais organização e Renda, vamos apresentar o trabalho realizado por homens e mulheres que aprenderam a transformar lixo em dinheiro.
Melhorias na qualidade de vida. Foi com este propósito que os catadores do lixão de Santa Cruz do Capibaribe resolveram se organizar. Hoje, com 12 associados, a COLETIVA trabalha com dedicação para superar as dificuldades. A Associação funciona num local cedido pela prefeitura, que apóia a iniciativa dos catadores. O galpão dispõe de espaços abertos, para o despejo e triagem do material coletado, e fechados, para a pesagem e armazenamento do material.
Os catadores recebem, em média, um salário mínimo. No entanto, de acordo com a demanda de material, o valor aumenta. Um convênio com o Condomínio Moda Center permitiu que a renda dos catadores aumentasse. Todo o material reciclável disponível no local é entregue a COLETIVA.
Segundo a assistente social da associação, Ana Isabel Campelo, a Prefeitura vem contribuindo para dar autonomia aos associados. “A prensa e as carroças foram doadas pela prefeitura. O espaço é cedido, mas já estamos em negociação para a doação de um terreno”, ressaltou.

Metalic busca parcerias em Pernambuco

A empresa Metalic, indústria de fabricação de latas de aço, que compõe a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), pretende fechar parcerias com associações de catadores em Pernambuco. A empresa, instalada no Ceará, é a única na América Latina a produzir latas para bebidas em duas peças.

O representante de reciclagem, José Manoel Fernandes, esteve no Recife para conversar com representantes de cooperativas. O propósito da visita foi ampliar a rede de parceiros cadastrados no Programa Reciclaço, criado para o cumprimento da legislação ambiental nacional que responsabiliza as indústrias pelos produtos colocados no mercado. A reunião ocorreu no dia 21 de maio e contou com a participação de lideranças do MNCR, secretaria executiva do FLIC-PE e representantes da Cooperativa Pró-Recife e da Associação de Catadores de Camaragibe. O contrato visa o pagamento aos catadores por uma prestação de serviço na retirada das latinhas de aço do ambiente e venda para a Gerdau.

De acordo com o assessor de articulação do MNCR, João Renato Amaral, a proposta é interessante porque aproxima as entidades de catadores da maior empresa recicladora do Estado. “Além de atender uma exigência política do próprio MNCR, no que se refere ao pagamento pelo serviço de coleta de materiais”, destacou. Ele ainda informou que o movimento dos catadores em Pernambuco organizará uma reunião para analisar a proposta.
A Metalic repassará às bases cadastradas no Programa Reciclaço o valor de R$ 100,00 por tonelada de lata de aço para bebida vendida à Gerdau, assim os catadores que vendem, em média, a R$ 0,10/kg de ferro leve, passarão a trabalhar com o valor agregado de R$ 0,27/kg.

Flic Sabendo

Reciclagem no Aeroporto
O Cedecom estará ocupando uma loja no Aeroporto Internacional dos Guararapes durante dois meses. A decoração da loja será toda em materiais recicláveis. Contará com exposições dos projetos CAD Recicla (Camaragibe e São Lourenço da Mata), AGambiental (Palmares) e CASAMARE (Catadores do Jordão – Jaboatão dos Guararapes). A entidade se colocará à disposição para as instituições que trabalham com reciclagem e pretendem comercializar seus produtos.
Contatos: 3466.8529/9172.3027
E-mail cedecom@cedecom.org.br/diretoria@cedecom.org.br

Mais equipada
O secretario de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Roldão Joaquim dos Santos, esteve na AGAmbiental, no dia 21 de maio, para fazer a entrega de uma Kombi 0km, computador, mesa de separação, prensa e elevador de carga. A iniciativa faz parte do prêmio recebido através do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome – Projeto de Fortalecimento do Centro da Coleta Seletiva dos Palmares.

A CAD Recicla de São Lourenço da Mata foi contemplada com a parceria da FROMPET com a prensa que estava disponibilizada para os Agentes Ambientais de Palmares.

A CAD Recicla de Camaragibe estará recebendo, na semana que vem, do CEMPRE – Compromisso Empresarial para Reciclagem, a doação de uma prensa e equipamentos de proteção individual.


Comissão

Durante o lançamento do Catálogo dos 3 Rs, no mês de março, os artesãos avaliaram a feira do ano passado e formaram uma comissão organizadora para planejar a deste ano. Dentre as atribuições, captar recursos e mobilizar expositores. A comissão é composta por representantes de cinco entidades: Associação Pernambucana de Defesa da Natureza (ASPAN), Escola de Capacitação Profissional (ESCAP), Associação Cultural da Criança, do Adolescente e seus Familiares de Igarassu (ACCAFI), Associação de Arte e Cultura (AAC) e Colégio Atual.

Eleições para a coordenação do FLIC


A eleição para a nova coordenação colegiada do FLIC-PE irá ocorrer no dia 28 de junho. Para participar do processo eleitoral, tanto o candidato como votante, é necessário estar devidamente cadastrados ao FLIC-PE. O voto só pode ser realizado pelo representante titular ou suplente de cada instituição. De forma alguma, o voto pode ser transferido a terceiros.
O edital, que será publicado no dia 12 de junho, trará informações sobre os procedimentos para participar do processo.


A comissão eleitoral é composta por três membros: José Roberto Leal, José Mariano de Sá Aragão e Ana Lúcia Burgos, representantes das Seguintes Instituições: Crea-Pe – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Pernambuco; UFPE – Universidade Federal de Pernambuco; e Cef – Caixa Econômica Federal, respectivamente.
O FLIC-PE é composto por três segmentos sociais, sendo três representantes da sociedade civil, três governamentais e três não-governamentais.

Plenária Itinerante em Santa Cruz do Capibaribe







O município avança implantando aterro sanitário e incentivando associação de catadores

A primeira Plenária Itinerante do FLIC-PE ocorreu em Santa Cruz do Capibaribe, no dia 26 de abril, e contou com a presença de, aproximadamente, 200 participantes. Dentre eles, representantes dos municípios de Belo Jardim, Caruaru, Palmares, Gravatá, Surubim, Recife, Olinda e São Lourenço da Mata. O encontro serviu para que os catadores dessas regiões tivessem a oportunidade de trocar experiências e, assim, fortalecer o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR).




A escolha de Santa Cruz para a realização da plenária foi motivada pelos resultados alcançados no município: a implantação do aterro sanitário, previsto para o mês de julho, e a formação da Associação Coletiva. Na ocasião, os presentes tiveram a oportunidade de conhecer de perto tanto o aterro quanto a associação. De acordo com o chefe de gabinete da prefeitura de Santa Cruz, Carlos Lisboa, a gestão municipal teve uma preocupação em cuidar do lixo e cuidar ainda mais daqueles que viviam no lixão. “Aqui, em Santa Cruz, estamos vivenciando uma realidade de vida e não de morte. Com essas ações, estamos cumprindo uma etapa de luta e cidadania”, destacou o chefe de gabinete da prefeitura.




Para um dos coordenadores do FLIC-PE, Bertrand Alencar, Santa Cruz do Capibaribe deu um salto de qualidade a partir do trabalho que vem sendo desenvolvido na cidade. “O município avançou muito. O aterro sanitário e a associação dos catadores demonstram esse crescimento”, afirmou. Segundo o diretor da unidade da UFPE de Caruaru, Mariano Aragão, que participou do evento e conhece a cidade há muito tempo, foi uma grande surpresa se deparar com a nova realidade. ““Há dez anos, cheguei aqui e o que vi foi um lixão com crianças dentro dele. Hoje é um canteiro de obras”, ressaltou.